quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um pouco de nostalgia.

Como doutor Neto não aparece por aqui tem um tempo, resolvi postar um texto dele (tomara que ele não se importe) que eu acho que não merece ficar perdido na imensidão do meu computador.

então aqui vai:

Prefácio (Sob tortura)

Alguém espreita à porta e espera ser notado
Como em todos os dias eu finjo um acordo moral
e olho com pouco caso tua confiança
Não olho nos olhos de quem está prestes a me matar
Eu já morri tantas vezes
que o fantasma à porta me ignora
Mas te olha com paixão

Não morro na tua ausência, eu sofro
E o que me traz aqui hoje
não é mais sobre nós dois e você sabe
Há um mundo cheio de problemas atrás da porta
que a tua boca já não afoga

Eu não posso falar se não vejo
Eu não posso amar se não sonho
Mas acredite: o que te apresento é um sentimento novo
é maior do que este quarto
é do tamanho do meu nome
Porque hoje sou todas as pessoas do mundo

Não é mais sobre nós, aceite
Há um sorriso entre a gente
e eu morreria por ele
se já não vivesse

Neto Titz, o cubano.




domingo, 6 de setembro de 2009

"...também bate um coração..."

Pelo seu sorriso de lado
ele deixa desconfiado
qualquer rabo de saia que se aproximar
Fugindo de ser namorado
vai sambando de lado
e sempre sabe a hora de parar
Sem medo de ficar sozinho
ele vai miudinho e quando fica sério
como ninguém ele consegue escapar
Carrega a culpa de corações partidos
de amores mal resolvidos
mas quem disse que ele é de se preocupar
Sonhando com o barulho do pandeiro
vai passando o dia inteiro esperando a noite chegar
As moças sentem que ele não vale nada
mas com aquela levada
no salão ele se faz notar
Mesmo quando só, sempre se diz acompanhado
com seus cordões e seus santos
afastando todo o mau olhado
Quando pergunto do futuro
ri e sai cantando
diz que a vida é um beco escuro
que ele acende as luzes enquanto vai caminhando
Há quem diga que não carrega nada no peito
se fosse verdade seria perfeito
mas não é não
O problema de todo bom malandro
é ter batendo forte um leviano coração


Daniel

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ô, malandragem, dá um tempo!

Corinthians 2x1 Santos

É como se eu acordasse sorrindo sem saber o porquê. Ah, lembrei...
Agonia o jogo todo: o gol que não saia, o Souza que não toma jeito, o Dentinho que até toma jeito mas não faz gol, o Felipe salvando, a Torcida que gritava, o Bar cheio de santista, o gol que saiu, o Mano que foi expulso, a derrota que se anunciava, o amigo que sorria...até que em apenas sete minutos mostramos o que é ser Fiel: a Torcida que continua gritando, o Dentinho que não faz gol mas até que toma jeito...é a gente, apesar de tudo, acreditando. Porque bom não está e futebol ainda é um plano fértil de corrupção, mas, sei lá, é um troço diferente ser corinthiano!

Quanto tempo ainda demora pra ele morrer?

A mídia é incansável com seus produtos e brinquedos. Michael Jackson pode até ter sido um ícone pop, mas ô, malandragem, com todo o respeito, dá um tempo.


Escutando: TV Senado - Marcelo Crivela fala sobre religião...ô, malandragem, dá um tempo...também quer que eu acredite quando o Sarney fala sobre ética? Pera aí, né!?

Neto

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Nos passos da loucura

é, meu irmão
você perdeu o refrão
saiu do compasso
e nesse teu passo
nem sei onde vai parar
é isso ai, companheiro
no bar o dia inteiro
de janeiro a janeiro
nem o rio vai te aguentar
perdeu mulher, trabalho,
casa e dignidade.
ganhou asas
e se esqueceu da idade
é mais um louco abençoado
por esse céu de meu pai
que acorda sem saber,
no fim do dia, pra onde vai
e quem questiona sua loucura
vive em loucura maior
que é andar no meio de tantos
se sentindo importante
e nunca perceber que talvez seja só



Daniel